“DIREITOS PARA QUEM?” Confira o que as coordenadoras dos cursos de Psicologia, Direito e Serviço Social tem a falar sobre o tema.

Charge do Armandinho – 02/02/2022

(Descrição: Charge do ilustrador Alexandre Beck, na qual a personagem preta, Camilo, com óculos, cabelo preto e tranças, uniforme com camiseta branca e calção azul e bolsa bege, caminha à frente de Armandinho, personagem branca, com cabelo curto azul, uniforme com camiseta branca e calção azul e mochila vermelha, e fala sobre a violência e morte.)

O direito à vida é inalienável, isto é, em nosso país, a defesa sobre a vida, sobre a potencialidade e realização do direito de viver é tomado como fundamental. E para tanto, uma diversidade de profissões assumem esse comprometimento, entre estas estão o Direito, a Psicologia e o Serviço Social. Assim, no Unibagozzi, entre os valores que norteiam a formação profissional estão o respeito pela vida e a valorização da dignidade humana.

Diante da violência contundente que se manifesta em nosso país, não há como nos calarmos e não tomarmos como responsabilidade a contribuir para a construção de uma sociedade comprometida com a defesa dos direitos humanos, justa e igualitária.

A professora Luciana, coordenadora do curso de Direito, adverte, contextualizando a perda de mais uma vida:

“Acredito no direito como instrumento de transformação, mas, sobretudo, acredito na capacidade e sensibilidade humana de se voltar ao outro, de pensar e viver o coletivo.

Não podemos normalizar o ódio das redes e das ruas como se não fosse problema nosso.

O que aconteceu com o jovem Moïse nos descortina uma realidade doída: estamos endurecendo.

Me assusta que assistamos ao preconceito, xenofobia, racismo, sem que isso nos impacte e nos impulsione a ampliar nosso olhar.

Esse mundo só tem chances de melhorar se cada um fizer a sua parte.

Ouço muito sobre a humanização do direito e concordo, certamente. Mas, sobretudo, penso que precisamos nos humanizar.

Estamos carentes.

De justiça. De fé. De amor. De ser.”

A professora Gilcéia, coordenadora do curso de Serviço Social, ressalta sobre a profissão:

“O Serviço Social vem debatendo sobre a temática da violência, e o trabalho dos profissionais que atuam nesta área, e para além das reflexões procura trazer subsídios que venham contribuir para qualificação dos assistentes sociais. Profissionais que tem como compromisso ético a defesa intransigente dos direitos humanos, e que ao se deparar cotidianamente com as diversas expressões da violência, propõe viabilizar que estas pessoas acessem seus direitos. Sendo capazes de trabalhar com competência e habilidade, visão crítica, e de totalidade dos fenômenos sociais individuais e coletivos, identificando as várias formas de manifestações da questão social e o desrespeito aos direitos sociais para formular, gerenciar e implementar projetos, políticas e programas que enfrentem tais situações.”

E sobre a contribuição da Psicologia na leitura dessa realidade avassaladora, a professora Cláudia, sinaliza:

“O fenômeno da violência é complexo, não começa com o fato, mas advém de uma multiplicidade de determinações que precisam ser conhecidas a fim de imprimir mudanças. Assim como aprendemos a tomar a violência como resposta a certas manifestações, também podemos aprender a produzir outras possibilidades de convivência, que garantam o direito à vida de todes. Eis o compromisso da ciência, conhecer para atuar na transformação social, de modo a permitir que as pessoas possam viver plenamente sua dignidade e desenvolverem-se em sociedade, em que se respeitem as diferenças e as necessidades de vida.”

Convidamos você a conhecer nossa instituição, à medida em que também se sinta convocado a atuar de modo efetivo na construção de melhores condições de vida, comprometido com a humanização das pessoas e da comunidade.”