Diante do desenvolvimento do Projeto Integrador Extensionista, que está vinculado à disciplina de Direito Constitucional III e sob a orientação e coordenação da profº Lygia Maria Copi, foi realizado no dia 06/09/2023 uma visita ao Conselho Tutelar da Regional do Bairro Novo.  Nesse sentido, foi possível entender a complexidade do cotidiano de trabalho dos conselheiros, a importância de manter um caráter formativo e reflexivo, de modo a fortalecer a atuação desses profissionais aproximando-os da comunidade e a importância na desconstrução de uma imagem atrelada a um caráter punitivo e repressivo. 

Encarregadas por zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, as estudantes contaram com a participação da Marisa Montaldi (presidente há 4 anos), Elenice Borm (secretária há 10 anos), Levinha Goulart- (apoio há 16 anos), Rosane Aparecida Moraes Oliveira  (segunda secretária há 16 anos).No decorrer da entrevista foi possível entender que o trabalho do conselheiro tutelar acaba englobando uma variedade de práticas no seu campo de atuação, exigindo clareza e discernimento para a realização de encaminhamentos adequados, prontidão para responder situações, muitas vezes de urgência, considerando a singularidade de cada caso.

Tais fatores colocam esses profissionais diante de constantes exposições e críticas e tensionamentos mobilizadores de fortes aspectos emocionais. Diante das reflexões que foram expostas, nota-se que o cotidiano de um conselheiro é permeado por grandes desafios, e um deles é o fato de que o Conselho Tutelar não deve ser um órgão jurisdicional. Mas acaba muitas vezes por assumir justamente uma postura jurídica no dia a dia, sendo evidenciadas em práticas que deveriam ser relativas ao Poder Judiciário, mas acabam sendo delegadas aos conselheiros que não detém tal poder, mas que são vistos como detentores de certa autoridade.

Destarte, é importante ressaltar que no mês de outubro/2023, haverá eleições para novos conselheiros tutelares em toda a região de Curitiba. Sendo um momento fundamental para a sociedade, pois é preciso que cada cidadão entenda que tem o dever de ajudar a promover e garantir os direitos das crianças e adolescentes de sua comunidade. Portanto, a escolha dos conselheiros tutelares é um compromisso da população com a causa da infância e adolescência, sendo um ato de cidadania, onde cada voto representa uma escolha consciente em prol do bem estar e das futuras gerações.