Alunos do Curso de Direito visitam a 1ª aldeia indígena urbana do sul do Brasil. Confira!
Os alunos do Curso de Direito, Ana Luiza Vignaga Vallim Trindade, Elisangela Cristina Valente Ramos, Gisele Santos França, Jorge Augusto Dos Santos Gulart e Paulo Henrique Gomes Da Silva, visitaram na última quinta-feira, dia 04 de abril de 2024, a Aldeia Kajané Porã localizada no bairro Campo de Santana, em Curitiba, a capital paranaense.
A aldeia é composta por residências e foi possível graças a um acordo entre Prefeitura Municipal, Cohab-PR e Funai, 42 famílias e tem 33 crianças. As etnias são Guarani, Kaingang e Xetá, e as crianças aprendem essa cultura e essas linguagens.
Eles vivem em democracia, fazem eleições e o antigo cacique agora é o pajé e falaram da resistência da cultura indígena no meio urbano, mas estão empreendendo e vão vender suas artesanias pela internet.
Ainda não foram definitivamente delimitados como território indígena, falta essa finalização do Governo Federal.
Por serem urbanos disseram que, no começo, foi mais complicado viver misturado aos demais urbanos pois não sabiam os costumes, as regras, os comportamentos e condutas adequadas. Isso tudo já foi minimizado.
Interessante destacar, nesta oportunidade, a etimologia do nome da capital paranaense, Curitiba:
“As raízes da cidade de Curitiba são muito atreladas às populações indígenas que aqui habitavam. A própria etimologia do nome é uma herança desses primeiros moradores da região. Os estudos de seu étimo feitos pelo linguista Aryon Dall’Igna Rodrigues comprovam que a palavra deriva do Guarani Kur ity ba, que significa “pinheiral”. O termo Kur í era usado para designar o pinheiro na língua Guarani. Já ty’ba é um sufixo referente a abundância no Tupi antigo.” (Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/xmlui/bitstream/handle/1884/58892/FACHINI_Mariana_Wiedmer_kakone_pora.pdf?sequence=1&isAllowed=y ,Acesso em: 05/04/2024)
E para justificar o nome dessa aldeia urbana descobrimos que: “A primeira palavra, Kakané, é de origem Kaingang e significa “fruto”. A segunda, Porã, é de origem Guarani e significa “bom” – não há referências à etnia Xetá no nome (Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/xmlui/bitstream/handle/1884/58892/FACHINI_Mariana_Wiedmer_kakone_pora.pdf?sequence=1&isAllowed=y ,Acesso em: 05/04/2024)
Essa visita faz parte do Projeto Integrador Extensionista do Curso de Direito, do 3º período denominado “Direito Regional: natureza, agrário, ambiental e indígena”.
“O projeto integrador permite aos acadêmicos devolver para a sociedade o conhecimento adquirido nos bancos da faculdade, e esse é um papel muito importante e engrandecedor. Verificar o empenho de nossos alunos em relação ao levantamento de dados, às estatísticas, as visitas in locu, para poder determinar a temática do projeto bem como a forma de intervenção nos deixam muito orgulhos. Esse projeto está sendo liderado pela Prof. Jorgina Cristina Ribeiro que também merece toda a honraria pela condução na formação didático/pedagógica desses alunos”, afirmou a coordenadora do Curso Gilmara Funes.